Eu

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Gilson

domingo, 2 de abril de 2017

Nunca vi certidão de óbito com a causa morte “amor”.


Quando se entra em um relacionamento, é natural criarmos expectativas em relação a quem está do nosso lado, dividindo conversas, beijos, amassos e noites de lençóis suados e amarrotados. Não se culpe por isso, mas não condicione sua felicidade a outra pessoa. Por mais que se goste ou ame, nunca saberemos ao certo e com precisão o que outra pessoa sente.
Já escrevi antes que, no amor, nunca há garantias. Se entregar pra alguém, sempre será um risco e não se deve deixar de viver um grande amor por medo, mas lembre-se de uma regra básica e pouco praticada: antes de amar alguém, se ame primeiro.
Seja exigente. Não aceite metades ou migalhas. Se o que está vivendo não for o que espera de uma relação à dois, não tenha medo de dizer adeus. Se doer, lembre-se que isso passa. É difícil deixar algo que a gente gosta, mas lembre-se que nem tudo que gostamos, é saudável pra nossa vida. É melhor sofrer longe um tempo, do que o resto da vida ao lado de alguém que mais te faz mal do que bem.
Não pense que se jogar nos braços da primeira pessoa que parecer interessante, irá resolver. Tampar o sol com a peneira só irá piorar as coisas. Você está assumindo o risco de magoar alguém que não tem nada a ver com quem te machucou e não soube te valorizar da forma e reciprocidade que merece. Tente se curar sem se envolver com alguém. A ferida não irá cicatrizar se você não der o tempo necessário. Deixe doer. Chore o que precisar. Grite. Corra. Observe o mar e vá de encontro às ondas. Lave a alma.
Pode ser que não seja a primeira ou última vez que você parta seu coração. Se olhe no espelho. Hoje você derrama lágrimas de tristeza. Se amanhã ou depois você irá derramar lágrimas de felicidade, só depende de você. Nunca vi certidão de óbito com a causa morte “amor”.
Dói, mas passa.

-->Gilson Domingues

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